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Flexão do Joelho na Mesa Flexora

  • alexander-marinho
  • 20 de jan. de 2016
  • 3 min de leitura

Este exercício trabalha o grupo muscular denominado isquiotibiais, que compreende os músculos semitendinoso, semimembranoso e bíceps femural. Estes três músculos são bi-articulares e realizam flexão do joelho, extensão do quadril e retroversão da pelve. O músculo bíceps femural possui uma porção, que realiza apenas a flexão do joelho e outra porção que é bi-articular.

Apesar de realizar a flexão do joelho, a ação principal do músculo gastrocnêmio é na articulação do tornozelo. Outros músculos menores que também são recrutados na flexão incluem o poplíteo, plantar, sartório e grácil.



O desenvolvimento dos isquiotibiais é importante para a manutenção do equilíbrio entre este 'grupo de músculos e o quadríceps, e para preservar a integridade da articulação. Alguns estudos têm provado que, quanto mais fortes forem os isquiotibiais, mais o quadríceps pode ser desenvolvido.

Como a maioria dos músculos flexores do joelho são bi-articulares, a habilidade deles em produzir torque efetivo pode ser influenciada pelo posicionamento das duas articulações que eles cruzam.

Análise Biomecânica do Exercício

O maior braço de momento da resistência acontece quando o joelho está por volta de 90° de flexão.

No começo da contração o componente translatório é de compressão, o que favorece a estabilidade da articulação do joelho.

No final da flexão, porém, o componente translatório é de descompressão. O aumento da instabilidade da articulação deve ser prevenido pelos ligamentos e pelo tendão patelar.




A posição de flexão do quadril é muito importante para a segura execução do exercício.

Quando o executante realiza a flexão do joelho, várias outras articulações se movimentam além da articulação do joelho: a pelve faz anteversão, o quadril, flexão, a coluna, hiperextensão e o tornozelo realiza uma dorsiflexão. Todas estas alterações são feitas na intenção de aumentar a eficiência da flexão do joelho. Esta composição de movimentos ocorre da seguinte forma:

a) O reto femural, quando alongado pela flexão da articulação do joelho, puxa a espinha ilíaca ântero-inferior (origem) no sentido da tuberosidade da tíbia (inserção), por causa de insuficiência passiva, o que faz com que a pelve realize uma anteversão, seguida de hiperextensão da coluna lombar.

b) O iliopsoas e os paravertebrais contraem-se para aumentar as posições respectivas de flexão do quadril e hiperextensão da coluna lombar, com aumento da anteversão da pelve, na intenção de distanciar a porção póstero-inferior da pelve (origem dos isquiotibiais) das porções póstero-mediais e póstero-Iaterais da tíbia (inserções dos isquiotibiais). Isto ocorre para que os isquiotibiais fiquem com sua origem mais fixa e alongada e possam tornar-se mais eficientes como flexores do joelho (relação força-comprimento).

c) A dorsiflexão do tornozelo é causada principalmente pelo tibial anterior, na intenção de distanciar o calcâneo (inserção do gastrocnêmio) da porção posterior dos côndilos do temur (origem do gastrocnêmio), para fixar a inserção do gastrocnêmio e mantê-la mais alongada e assim, torná-lo mais eficiente como flexor do joelho (relação força-comprimento). Estas alterações, apesar de levarem o indivíduo a realizar o movimento de flexão do joelho com uma sobrecarga maior e/ou por mais tempo, deixam a coluna lombar numa posição muito suscetível à lesão. Portanto, quando estas alterações começam a acontecer, o melhor é interromper o exercício, principalmente com os iniciantes neste exercício.

Uma maneira de favorecer a fase excêntrica da contração, quando os isquiotibiais atingem a falha concêntrica do movimento, é realizar a dorsiflexão do tornozelo na fase concêntrica (para aumentar a participação do gastrocnêmio na flexão do joelho), seguida de flexão plantar na fase excêntrica (para diminuir a ação do gastrocnêmio por causa de insuficiência ativa), para que somente os isquiotibiais realizem esta fase do movimento. Apesar de esta técnica ser eficiente e não necessitar de um parceiro para o treinamento da fase negativa da contração, ela só deve ser utilizada por indivíduos em estágios mais avançados, que já possuem uma técnica mais apurada.

Os alongamentos para o reto-femural ajudam a diminuir a insuficiência passiva deste grupo muscular na fase final da flexão do joelho e devem, principalmente, ser enfatizados nos iniciantes.

Quando os músculos paravertebrais estão fracos, a pelve realiza uma retroversão no começo de cada fase excêntrica deste exercício. Assim, o fortalecimento prévio destes músculos favorece a correta postura da pelve no movimento.

Os exercícios de flexão do joelho são mais efetivos no desenvolvimento da porção distal dos isquiotibiais, especialmente a porção curta do bíceps femural (que não cruza a articulação do quadril), por dois motivos principais:


a) Quando a intensidade do exercício aumenta, a flexão do quadril também aumenta, para melhorar a relação força-comprimento pelo aumento do comprimento da extremidade proximal dos isquiotibiais.

b) A extremidade proximal dos isquiotibiais é responsável pela extensão da articulação do quadril.


obs:

Em aparelhos onde a mesa é reta todas as alterações descritas acima são realizadas com maior intensidade, aumentando ainda mais o risco de lesão da coluna lombar.


O volume dos músculos gastrocnêmio e isquiotibiais também limita o alcance da flexão do joelho neste movimento. Assim, um indivíduo mais hipertrofiado tem uma amplitude de flexão do joelho menor do que um indivíduo não-hipertrofiado.



 
 
 

1 comentário


Nathan Marinho
Nathan Marinho
28 de jul. de 2024

Conteúdo muito bem aprofundado, parabéns!!

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